18 setembro 2006

O avesso do tempo

Agora me bateu uma vontade enorme de escrever só pra ver se consigo organizar melhor toda a bagunça que está em meu peito. Me sinto tão confusa que nem sequer consigo saber o que estou sentindo... é um misto de um milhão de sentimentos que mais parecem rastros levando a um mesmo lugar: dor!

Relendo o post abaixo me assutei com uma coisa: a data! Caralho, escrevi isso em 15 de fevereiro, assim que voltei a falar com uma "amiga". Estamos no final de setembro, fui novamente traída de forma vil e covarde por essa mesma "amiga" e, tirando isso, continuo me sentindo da mesma forma. Em sete meses ainda continuo querendo me afastar ao máximo das pessoas, um pouco mais conformada, talvez, um pouco menos otimista, com certeza, mas ainda solitária e quase incapaz de confiar.
A gordura agora já me incomoda abertamente, deixou de ser uma brincadeira de "o corpo é meu e eu faço o que quiser com ele" e se tornou em mais um motivo pra não gostar de mim, em mais um dos meus defeitos e ultimamente só tenho visto defeitos em mim. Até ajuda médica procurei, mas devido a histórico de TOC, SP e uma porrada de abreviaturas esquisitas estou proibida de fazer dieta sem orientação psiquiátrica. Anfeta só se for no mercado negro...
A relação com os homens se tornou absolutamente nula, não olho pra eles e eles não olham pra mim. Eles não me querem, e mesmo se quisessem...me causam medo. Medo da rejeição, medo de pararem novamente na cama de alguma "amiga" mais bonita, medo...
Está ficando tudo cada vez mais complicado, tenho a impressão de que as paredes estão se fechando em volta de mim devagarzinho...bem devagar me sufocando, me deixando om a certeza de que as coisas só vão piorar e de que, por mais que eu tente eu sempre faço tudo errado e quanto mais eu tentar, mais rápido as paredes vão se fechar.