01 outubro 2006

Pílula de desespero

É, a fossa me pegou mesmo... A tempestade parece que só vai piorar, o dia enegrecendo à minha volta.
Me pergunto se devo tentar os remédios... fluoxetina, ansiolíticos, cloridrato de anfepramona... O que você pensa que são? Uma tábua de salvação - ele me perguntou e eu não soube responder. Ele pergunta demais, até mesmo pra quem é pago pra isso.
Penso que preciso de ajuda, só isso.
Ele pensa que não.

Mas, tirando a fossa, o tédio, o mal-estar e o medo do mundo estou bem, e esse talvez seja o problema. Talvez eu conseguisse mais atenção e conivência se deixasse transparecer um pouquinho dos meus sentimentos, se deixasse que meu terapeuta, minha família e meus amigos percebessem o quão perto estou do precipício. Às vezes penso que estar bem é apenas mais uma forma de me destruir, de ir cada vez mais fundo até que seja tarde demais pra voltar. Rio, brinco, sou simpática com todos. Não choro senão escondida. Faço parecer que estou bem até quando meu peito mais parece uma vidraça partida. Estou aprendendo a tratar com leveza de assuntos pesados. O teatro da vida não pode parar...
Mas é de noite, é quando as horas se estendem em direção a madrugada que sinto um gelo na espinha e tremo. É chegada a hora de encarar os meus demônios, de lutar contra eles.
Até quando terei forças?

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Olá, saudades...
Queria poder fazer um comentário bem alegre, mas também não ando muito bem...

Bom te ver de novo aqui na blogosfera.
Beijos

01:08  

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